Resumo Inicial:
Empresas que baseiam suas decisões em dados têm mais chances de crescer, inovar e sobreviver no mercado competitivo atual. Mas o que significa, na prática, ser “data driven”? Como pequenas e médias empresas podem aplicar esse conceito no dia a dia? Neste artigo, vamos entender o que é cultura orientada a dados, mostrar exemplos práticos e apresentar estratégias simples para você colocar isso em prática.
Tópicos Abordados:
– O que é ser uma empresa “data driven”.
– Diferença entre opinião e decisão baseada em dados.
– Exemplos reais de empresas que usam dados no dia a dia.
– Como começar uma cultura orientada a dados.
– Ferramentas acessíveis para pequenos negócios.
Postagem Completa:
Em uma reunião em 2018, presenciei uma frase que nunca esqueci: “Aqui a gente decide baseado no feeling”. A empresa em questão, infelizmente, não sobreviveu a 2020. Não por falta de dedicação ou paixão — mas por não usar dados para tomar decisões.
Ser “data driven” é fazer escolhas com base em evidências reais, e não em achismos. Como diz Bernard Marr no livro “Data Strategy”, dados são o novo petróleo — mas só têm valor se forem refinados.
Exemplos práticos estão por toda parte. A Magazine Luiza, gigante brasileira do varejo, usou análise de dados para adaptar seu modelo de venda online muito antes da pandemia. Enquanto concorrentes ainda discutiam se o e-commerce era uma “ameaça” ou “oportunidade”, o Magalu já integrava lojas físicas e digitais de forma fluida, orientado pelos números de comportamento dos clientes.
Mas ser orientado a dados não é apenas para gigantes. Um pequeno salão de beleza pode registrar quais serviços são mais pedidos em quais dias da semana, analisar o ticket médio de cada cliente, medir a taxa de retorno e usar essas informações para promoções inteligentes. Um restaurante pode usar o histórico de pedidos para otimizar seu cardápio e reduzir desperdícios.
A primeira mudança é cultural: valorizar os dados acima da opinião. Não é mais “eu acho que nossos clientes gostam disso”, e sim “os dados mostram que 80% preferem isso”.
Para começar sua jornada data driven:
1. Coletar dados: Cadastre vendas, registre o comportamento dos clientes, use CRM, aplicativos de gestão.
2. Organizar e analisar: Não basta ter dado. Ele precisa estar organizado e ser fácil de consultar. Ferramentas como Power BI, Google Data Studio e até Excel são ótimos primeiros passos.
3. Tomar decisões baseadas em dados: Escolha estratégias, crie produtos, ajuste seu atendimento sempre considerando o que os números mostram.
4. Treinar o time: Todos precisam entender a importância dos dados — do vendedor ao gestor.
Simon Sinek em “Leaders Eat Last” fala que boas culturas organizacionais são transparentes. E a transparência começa com decisões claras e embasadas.
Algumas ferramentas úteis para pequenos negócios começarem são:
– Google Analytics (análise de site)
– Power BI (painéis de dados de vendas, finanças etc)
– Google Forms (coleta de feedback)
– CRM gratuitos como HubSpot
O segredo? Começar. Mesmo pequeno. Comece registrando suas vendas com mais detalhes. Pergunte aos seus clientes como encontraram seu negócio. Analise quais produtos ou serviços vendem mais e quais ficam parados.
O mundo está cada vez mais competitivo. Quem usa dados para enxergar melhor, sai na frente.
Como diz Peter Drucker: “O que pode ser medido, pode ser melhorado”.
Fontes de Referência:
– Marr, Bernard. “Data Strategy: How to Profit from a World of Big Data, Analytics and the Internet of Things.”
– Sinek, Simon. “Leaders Eat Last.”
– Drucker, Peter. “The Practice of Management.”
– Cases do Magazine Luiza, Sebrae e Endeavor sobre cultura data driven.
06 – Data Driven: Por que empresas orientadas a dados saem na frente (e como ser uma delas)
